Chegou a hora de conversar como nosso campeão mundial que tem muita quilometragem nas direitas longas da África do sul. Veja o que ele fala sobre sua vitória em 2012, e outras curiosidades do pico.
Entrevista Adriano de Souza – J-Bay
1- Adriano, quais suas melhores lembranças das competições em J-Bay? O que o pico representa para você?
ADS– A melhor lembrança que eu tenho Jeffreys é a vitória em 2012, se não me engano, o mar estava épico e foi um show de surf. E também tenho muitas boas lembranças quando era muito jovem, acho que foi minha primeira trip internacional para ondas perfeitas, acho que foi Jeffreys Bay.
Fui acompanhar o Danilo Costa na competição, eu tinha apenas 15 anos. Desde dessa época J-Bay mudou muito pouco, eu acho que isso é um reflexo da comunidade, que tenta salvar o local. É muito prazeroso você assistir isso. Acompanhar a cidade crescer organicamente, mas sempre preservando a onda.
2- A etapa da África do Sul é uma das mais geladas do ano. Existe alguma mudança no treinamento para enfrentar uma competição em tão baixas temperaturas?
ADS– Bom, eu acho que o melhor treinamento para se fazer em temperaturas baixas e chegar um pouco mais cedo e ir se acostumando. É um choque muito grande que você tem com as baixas temperaturas.
O corpo se adapta a qualquer ambiente, basta você colocar em prática. Então J-BAY, é uma etapa que eu sempre chego cedo, pelo menos uns dez dias antes para se acostumar com a água, principalmente.
3- Fala um pouco de J-Bay para nossos leitores que não são profissionais e surfam por Hobby. As longas direitas são fáceis de encarar? Qual o Nível ideal para surfar o pico, e qual a onda brasileira que seria uma boa pista de treinos?
ADS – Jeffreys Bay é um lugar muito especial para mim. Principalmente porque faz parte da minha trajetória, meu nome está cravado no campeonato para sempre. Um lugar que me dá muito prazer em visitar.
Uma coisa que eu poderia falar para quem não conhece, é que é um lugar bem tranquilo, muita paz, a comunidade é bem pequena, um vilarejo praticamente.
Tudo que acontece na cidade é por causa do swell.
A maioria dos restaurantes, o comércio de J-Bay, funciona quando o swell está para vim.
As pessoas da cidade já se preparam para receber o turista, as pessoas que vão visitar a onda quebrar. Isso é muito legal de assistir.
4- O incidente do tubarão com o Mick Fanning repercutiu muito além do surf. O que você acha da realização de eventos em locais com alta incidência de tubarões? Você se sente seguro quando surfa lá?
ADS– Sim é verdade. É um lugar que é rico de tubarões (risos). J-Bay está em uma localização muito próxima de Cape Town, um lugar que passa muitos tubarões pela corrente.
J-Bay não está tão longe né, então pode sim, acontecer incidentes como aconteceram com o Mick.
Mas, de fato, nos últimos 100 anos da história de J-Bay, se vê muito poucos casos. Já na Austrália, pouco se fala, mas tem muitos ataques. Já J-Bay, falam muito sobre tubarão, mas tem poucos ataques.
Acharam que acabou? Nada, amanhã tem a lenda Klaus Kaiser com mais histórias incríveis da África.
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