Os jogos paraolímpicos, maior evento esportivo do mundo para atletas com necessidades especiais, iriam começar hoje em Tóquio, no Japão.
Assim como as Olimpíadas, os jogos paraolímpicos acabaram sendo adiados em função da pandemia que atinge todos continentes do mundo.
O evento está confirmado para 2021 na mesma localidade, e vai acontecer entre os dias 24 de agosto e 5 de setembro.
O Blog Brazinco vai contar um pouco da história dos Jogos, além de falar sobre nossos atletas paraolímpicos que estão se preparado para o ano que vem.
Os Jogos Paraolímpicos
Igualando os Jogos Olímpicos, os Jogos Paraolímpicos são divididos em Jogos de Inverno e Jogos de Verão, que ocorrem de forma alternada a cada dois anos.
Os dois eventos reúnem esportes em comum, sendo que nos Jogos Paraolímpicos algumas regras e equipamentos são modificados de acordo com a necessidade de cada categoria.
Os atletas paraolímpicos competem em seis grupos de necessidades especiais diferentes: amputados, paralisia cerebral, necessidade especial visual, lesões da medula espinhal, necessidade especial intelectual e “les autres” (atletas cuja necessidade especial não se enquadra em nenhuma das outras categorias, incluindo nanismo).
Cada grupo também tem suas subdivisões.
Existem classes com base no tipo e extensão de suas necessidades. Atletas individuais podem mudar de categoria, caso haja uma mudança no seu quadro clínico.
História dos Jogos Paraolímpicos
Desde o final do século 20, mais precisamente em 1960 nos Jogos de Roma, as Paraolimpíadas são realizadas na mesma cidade que hospeda as Olimpíadas. O evento sempre acontece logo após o término das Olímpiadas, e é regido pelo próprio comitê desde 1989.
Os Jogos Paraolímpicos foram inspirados em uma competição realizada pelo médico Sir Ludwig Guttmann.
O pioneiro em tratamento de atletas com lesões, reuniu diversos veteranos britânicos da segunda guerra com membros amputados e lesões sérias na coluna. O grupo foi reunido para uma competição esportiva. O evento de 1948 evoluiu, e em 1952 a haviam atletas de outras nações europeias.
Em 1960, os primeiros Jogos Olímpicos para atletas com necessidades especiais foram realizados em Roma; já os primeiros Jogos Paraolímpicos de inverno aconteceram em 1976, na Suécia.
Desde 2001, a cidade que se candidata para receber os Jogos Olímpicos, automaticamente é obrigada a se candidatar para organizar as Paraolimpíadas.
O tamanho e a diversidade dos Jogos Paraolímpicos têm aumentado de forma expressiva ao longo dos anos.
A primeira Paraolimpíada, em 1960, recebeu 400 atletas oriundos de 23 países, competindo em oito esportes. Pouco mais de meio século depois, nas Paraolimpíadas de Verão de 2016 no Rio, mais de 4500 atletas, de 165 países, competiram em 24 modalidades.
Brasil nas Paraolimpíadas
O Brasil estreou nas Paraolimpíadas em 1972, em Heidelberg, na Alemanha Ocidental. Na ocasião, o país enviou atletas para competir no atletismo, tiro com arco, natação e basquete em cadeira de rodas.
Desde então, o Brasil enviou representante em todas edições dos Jogos Paraolímpicos, conquistando um total de 307 medalhas.
Time Brazinco na busca de medalhas em Tóquio
O Brazinco sempre acreditou na inclusão no esporte. Orgulhosamente, estamos apoiando três atletas paraolímpicos do Flamengo que fazem bonito em competições ao redor do mundo.
Caio Ribeiro – Canoagem
Caio Ribeiro foi o primeiro medalhista paraolímpico na canoagem brasileira. O atleta recebeu a medalha de bronze na Rio 2016.
Caio também acumula outros títulos, como o Bi Mundial, conquistado em 2013 e 2015. Competindo desde 2011, sua meta no Japão é a medalha de ouro.
Em 2019, Caio conquistou a prata na categoria VL3 masculino 200m e o bronze na KL3 masculino 200m no Mundial da Hungria, que foi realizado em Szeged.
Diana Barcelos – Remo
Diana é um verdadeiro fenômeno no esporte. Depois do acidente que mudou sua vida aos 25 anos, a atleta começou a praticar vela adaptada.
Em junho de 2016, Diana ingressou no programa “Remo para Todos”. Imediatamente ficou claro o potencial e talento da atleta para grandes conquistas.
Mesmo tão nova no esporte, a meta de Diana e de seus treinadores foi a participação nas Paraolimpíadas de Tóquio. Diana também foi Bicampeã Mundial, títulos conquistados em 2017 e 2018.
Michel Pessanha – Remo
Michel Pessanha já tem uma paraolimpíada nas costas e é um dos principais atletas na modalidade.
Michel tem uma história de vida cheia de luta e superação, o que acaba refletindo em sua performance esportiva. Com apenas seis meses no esporte, Michel foi convocado para a seleção brasileira.
Detentor de títulos mundiais, e vitórias em regatas ao redor do mundo, Pessanha já é presença certa na briga por medalha no Japão ano que vem!
Quem quiser saber mais sobre a saga dos nossos atletas paraolímpicos é só ficar ligado nas nossas redes sociais. Estaremos juntos, rumo a Tóquio em 2021.
Foto Capa: (Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB)