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Em agosto de 2019 começaram os rumores de uma possível volta do G-Land Pro para o circuito da WSL. Quando o calendário oficial saiu, o boato se confirmou.
Os melhores surfistas do mundo, mais de 20 anos depois, poderiam novamente surfar as esquerdas perfeitas e poderosas de Java.
Infelizmente, devido à pandemia mundial, o evento foi cancelado, e a WSL não se pronunciou sobre a realização do mesmo em 2021. Em 2022, para a alegria dos surfistas, o evento foi novamente confirmado para o final de maio e começo de junho. Mas nem todos os atletas vão poder aproveitar os tubos longos de Java, esta é a primeira etapa após o corte de meio de ano da WSL, aonde ficaram os 22 primeiros colocados no ranking masculino e as 10 melhores no feminino. A boa novidade aqui é a estreia das mulheres em G-Land.
G Land Pro 2022
Os surfistas receberam bem essa notícia, mesmo que seja mais uma esquerda no Tour, uma onda deste calibre acaba agradando a todos. Diversos atletas emendaram a perna europeia com uma viagem à Indonésia, e estão treinando por quase um mês nas ondas do país asiático.
O Brasil lidera o ranking com Filipe Toledo, Ítalo Ferreira é o outro surfista que promete brilhar em G-Land e está dentro dos top 5. O evento na Indonésia marca a volta do tri-campeão mundial Gabriel Medina, que recebeu um convite após um hiato de seis meses,
O único veterano que competiu no evento original ainda presente no circuito é Kelly Slater, mas diversos surfistas da elite surfaram no pico, e se empolgaram com a escolha.
Conversamos com nosso campeão mundial, e ex-atleta da WSL, Adriano de Souza, para saber como ele reagiu a essa escolha.
Mineirinho e G-Land
Adriano revela para a gente o segredo que o pico foi local de treinamento dele por muitos anos em preparação para o Fiji Pro.
“Bom, G-land para mim sempre foi um local secreto de treinamento. Era uma onda muito parecida com Fiji, então eu ia muito para G-LAND. Fiji era muito caro, então eu usava a base G-Land para aprimorar as técnicas, e melhorar meu desempenho em Fiji. Então G-land para mim é muito especial, um lugar que me dediquei muito para aprender, para surfar. Entrar em sintonia com esse tipo de onda. Então, G-Land está no meu coração, sempre que eu chego lá, fico amarradão. ”
G-land Pro na Década de 90
O pico já foi palco de performances épicas no final da década de 90. A inclusão de Java mostrou a mudança de mentalidade no surf profissional. Antes, os eventos eram realizados em beach breaks de grandes surf cities ao redor do mundo, buscando o maior público presente possível para agradar os patrocinadores. O G-LAND Pro foi o marco para a criação do “Dream Tour”, aonde ondas grandes e perfeitas começaram a ser escolhidas em sua melhor época do ano.
O campeonato aconteceu por três vezes entre 1995 e 1997. A etapa estava confirmada para o ano de 1998, mas foi cancelada pela crise asiática que assolou o continente naquele ano.. A instabilidade política e o ataque terrorista em Bali no começo dos anos 2000 acabaram fazendo G-Land sumir do calendário da WSL.
Kelly Slater, Shane Breschen e Luke Egan foram os três surfistas que entraram na história como campeões do evento original.
História de G-Land
G-Land foi descoberta por dois surfistas americanos: Bob Laverty e Bill Boyum, em 1972. Os dois aventureiros avistaram a onda quando sobrevoavam a ilha de Java em um avião pequeno. As esquerdas intermináveis que quebravam na ponta de um coral encheram os olhos de Bill e Bob, que observaram e tentaram fazer anotações enquanto suas vistas permitiram.
Os 2 organizaram uma expedição de alguns dias que unia motos e caminhadas longas até conseguirem acampar na ilha e surfar ondas de 8 pés perfeitas no pico.
Primeiro Surf Camp do Mundo
Alguns dias depois do acampamento perto da floresta, Bob acabou falecendo em um acidente de surf em Bali. Mas Bill continuou voltando ao local e seu irmão abriu o primeiro surf camp de G-Land, que também seria o primeiro do mundo.
Gerry Lopez foi um dos primeiros convidados a desbravar o lugar, que anos depois apareceria em revistas de surf, mas ainda como pico secreto.
Em meados dos anos 80, o pico já era frequentado por diversos surfistas do mundo todo. Mas como as acomodações são limitadas até hoje, é possível sentir a vibe dos anos 70 na floresta javanesa.
Fiquem ligados no nosso Blog que teremos novidades da WSL.