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Teahupoo habita o imaginário de todo surfista, sonho para alguns, pesadelo para a maioria; a onda polinésia foi escolhida para ser palco da última etapa da WSL, aonde alguns surfistas vão batalhar para conseguir as últimas vagas da grande final em Trestles.
A cidade de Teahupoo vem recebendo surfistas desde os anos 60, que surfavam alguns breaks que podiam ser alcançados com uma remada de 15 minutos.
O primeiro surfista que alega ter surfando a esquerda rasa foi o local Thierry Vernaudon, em 1985.
Antes frequentada essencialmente por bodyboarders, o pico acabou virando o teste final de qualquer surfista profissional na próxima década.
O local já tirou diversas vidas e também foi cenário de fatos históricos no esporte, como a onda do século de Laird Hamilton e as performances de Slater, Bruninho Santos, Medina,e principalmente, Andy Irons.
Teahupoo, assim como o Saquarema, ficou de fora do tour desde o início da pandemia, todos os atletas estão ansiosos para volta do “mostro do pacífico”. A dificuldade do pico acaba aquecendo até as baterias com pessoas sem chances de irem para final, sendo que todos os atletas estão garantidos para o tour de 2023. Mas você deve estar se perguntando ….
Devido às suas temporadas excepcionais, Jack Robinson e Filipe Toledo estão garantidos nas finais da WSL, e provavelmente vão ocupar os dois primeiros lugares, uma grande vantagem no sistema de mata-mata. . Ethan Ewingn e Italo Ferreira, atuais terceiro e quarto no ranking, provavelmente também chegarão a Trestles, mesmo que não tenham a vaga matematicamente garantida. A grande batalha será pelo quinto lugar, com grandes nomes na disputa.
Veja o que cada um tem que fazer para garantir a vaga na final!
Ethan Ewing está em uma boa posição para se classificar para as finais depois de sua vitória em J-Bay . Ewing, para não depender de resultados de terceiros, precisa apenas avançar para as oitavas de final.
Caso perca nos dois primeiros rounds, ele deixa a porta aberta para outros atletas tomarem seu lugar. No entanto, ainda é altamente improvável. Para Ewing cair para sexto nesse cenário, Igarashi terá que levantar o troféu no Taiti, Griffin Colapinto chegar às semifinais e Ítalo Ferreira às oitavas de final. No geral, a situação de Ewing parece ser bastante estável.
Ítalo, assim como Ewing, está em uma posição confortável para carimbar seu passaporte para à Califórnia. Para garantir matematicamente sua qualificação, ítalo deve chegar às semifinais no Taiti. A única maneira de ele ser eliminado dos cinco primeiros lugares é perdendo nas quartas de final, Igarashi vencendo a competição e Colapinto ficando em segundo lugar na etapa, o que obviamente é um cenário altamente improvável.
Se Ferreira cair nas oitavas de final, Igarashi só precisa chegar à final do evento e Colapinto às semifinais, para o brasileiro ficar fora dos cinco primeiros, o que ainda é um cenário bastante improvável.
Caso Ítalo perca no segundo round, suas chances de ir para Trestles diminuem drasticamente. Neste cenário, se Colapinto e Igarashi avançarem para as quartas de final, ou se apenas um desses resultados ocorrer, e Callum Robson vencer a competição, ele ficará fora dos cinco primeiros. Ferreira tem boas chances de chegar às finais da WSL, basta não perder no segundo round.
Colapinto está em na posição mais frágil entre os top 5. A única opção para ele garantir que vai competir em Trestles, sem depender de ninguém, é vencer no Taiti; no entanto, se ele chegar à final e perder, ele só ficará de fora da final se Igarashi vencer o evento, Ferreira chegar às semifinais e Ewing chegar às quartas de final, o que é uma combinação bastante incomum.
Se Colapinto perder nas semifinais, ele garante a vaga se Igarashi não chegar a final, se Ewing cair no segundo round ou se Ítalo perder nas oitavas de final. Isso provavelmente significa que basta uma participação na semifinal para o americano brigar pelo título em casa.
Se ele perder nas quartas, sua chance fica muito mais instável. Nesse cenário, ele não pode passar por Ewing e só passará por Ferreira se o brasileiro perder no segundo round, e Igarashi o passará apenas chegando na semifinal. Callum Robson também poderia pegá-lo com uma vitória no evento.
Uma derrota nas oitavas de final significa que qualquer um dos seguintes fará com que Colapinto perca Trestles: Igarashi nas quartas de final, ou qualquer um entre Robson, Miguel Pupo ou Connor O’Leary vença o evento.
E, finalmente, se Colapinto for eliminado no segundo round, Igarashi precisa apenas chegar às oitavas de final para ficar entre os cinco primeiros, enquanto Robson pode fazer o mesmo com uma aparição nas finais, e Pupo e O’Leary, com uma vitória do evento.
A maneira mais simples de pensar na chance de Igarashi ir para Trestles é passando uma rodada a mais que Colapinto no Taiti. Uma vitória no Taiti é, portanto, a única maneira de garantir sua vaga, enquanto uma derrota na segundo round significa que ele está automaticamente fora das finais.
Se ele avançar para as semifinais, ele também pode se classificar se Ferreira perder na rodada eliminatória, e se avançar para a final, mas perder, ele também pode se classificar se Ewing perder na rodada eliminatória ou se Ferreira não avançar na rodada de 16 atletas.
Além de esperar que Colapinto perca antes disso, se Igarashi perder nas quartas de final, ele também deve esperar que nem Robson não vença o evento.
Também será muito difícil a classificação se ele perder nas oitavas de final; nesse cenário, ele precisa que Colapinto perca na rodada eliminatória, Robson perca a final e nenhum entre, Pupo (Miguel ou Sammy) ou O’Leary para vença a competição.
Robson, que atualmente está cerca de 5.000 pontos atrás de Colapinto, precisará de muito surf e sorte se quiser avançar para as finais da WSL. Uma participação na final não será suficiente para Robson garantir sua classificação para a Trestles.
Ele ainda precisa que Colapinto perca no segundo round e Igarashi caia nas oitavas de final ou antes, o que é um cenário muito improvável.
A grande chance do australiano é ser campeão da etapa. No entanto, mesmo nesse caso, algumas coisas precisariam seguir seu caminho. Para que isso acontecesse, Colapinto teria que perder nas quartas de final ou antes, Igarashi teria que perder antes da final, ou uma dessas coisas precisaria ocorrer enquanto Ferreira perdesse no segundo round. Muito improvável, mas não é impossível.
Miguel Pupo e Connor O’Leary têm que vencer o evento para sonharem com uma vaga na final. Mesmo com o caneco, ambos precisam que Igarashi e Colapinto caiam nas oitavas de final ou antes.
Sammy é o último da lista com chances de chegar á final, mas suas perspectivas são extremamente remotas. Ele deve triunfar no evento e torcer para que Colapinto seja eliminado na primeira rodada e Igarashi seja eliminado nas oitavas de final.
Assim como entre os homens, apenas duas atletas já estão confirmadas para Trestles, Carissa Moore e Johanne Defay. Pela primeira vez competindo no reef taitiano, outras sete mulheres podem carimbar o passaporte para a Califórnia.
Weston-Webb está em uma ótima posição para sua segunda participação em Trestles. As únicas rivais fora dos cinco primeiros que podem derrubá-la são Lakey Peterson em sexto lugar e Tyler Wright em sétimo, embora Weston-Webb se classifique independentemente do que acontecer se ela chegar à final no Taiti.
Após duas performances impressionantes, Gilmore pode brigar por mais um título mundial. Mesmo que ela tenha menos pontos que Weston-Webb, ela está essencialmente no mesmo cenário.
Se Gilmore chegar à final do Taiti, ela terá uma vaga garantida em Trestles e, se vencer, poderá ficar em segundo lugar no ranking final da WSL.
Brisa é a atleta que mais sofre perigo de ficar de fora de Trestles nas top 5. Além de vencer a competição, sua maior chance de classificação é terminar pelo menos uma rodada a duas rodadas na frente de Gilmore e Weston-Webb. Se ela conseguir isso, ela terá avançado pelo menos para as semifinais e se classificado. Ela também avançará se terminar na mesma rodada ou melhor que Peterson e Wright.
O mau desempenho de Peterson em J-Bay, fez com que ela caísse de terceiro para sexto, mas ela ainda tem uma boa chance de surfar em Trestles.
Ela terá a garantia seficar à frente de Wright e não terminar mais de uma rodada pior que a australiana. Para avançar, ela simplesmente precisa superar Hennessy, Gilmore ou Weston-Webb. Ela só precisa ir uma rodada além da costarriquenha para ultrapassar Hennessy, mas para passar Gilmore e Weston-Webb, ela deve terminar algumas rodadas à frente de ambas.
Wright precisará de uma forte apresentação no Taiti para chegar em Trestles. A bicampeã mundial exigirá, no mínimo, uma participação nas finais para ficar entre as cinco primeiras.
Ela ficará com 44.260 pontos se ficar em segundo lugar no Taiti. Ela não será capaz de superar Weston-Webb com isso, mas superará Gilmore, Hennessy e/ou Peterson se elas caírem no terceiro round ou antes. Ela precisa superar pelo menus duas delas para estar entre as cinco primeiras.
Gabriela, essencialmente, precisa ganhar mais pontos do que Wright, portanto, mesmo ficando em segundo lugar, ela terá a chance de se classificar. No entanto, para que isso aconteça, ela precisaria que Wright não vença a etapa e Gilmore, Hennessy e Peterson fossem eliminadas antes do terceiro round.
Se Bryan vencer, ela se dará um pouco mais de chance de qualificação, embora ainda precise de resultados negativos de algumas adversárias.
Isabella Nichols é a surfista final com uma chance matemática de fazer o corte, mas essa probabilidade é mínima na melhor das hipóteses. A única maneira de subir da nona para a quinta posição é se ela vencer o evento, mas mesmo assim, ela precisará que algumas das favoritas percam no começo. Com uma vitória, ela só precisa que Gilmore, Hennessy e Peterson percam na rodada eliminatória para terminar entre os cinco primeiros. Qualquer outra coisa resultará na perda da vaga para Trestles.
Você já conhece às chances de cada surfista, chegou a hora de torcer!
