Lobo mau, bicho papão, homem do saco. Nada disso mais abala a criançada! Em 2020 esses eternos vilões perderam espaço para o “vírus”. O bicho Corona vírus.
Algumas crianças sentem tanto receio desse ser invisível que não querem sair de casa. Mas a culpa (em vários aspectos) não é delas.
Crianças como vetores de transmissão
No início da Pandemia, pensou-se que, assim como acontece com outros vírus respiratórios, as crianças pequenas seriam os principais vetores do novo Corona vírus. Esse papel acabou não se confirmando.
Dados de diversos países mostram que crianças abaixo de 10 anos raramente apresentam sintomas, quando infectadas, a infecção ocorre dentro de casa pelos seus pais, e assim desempenham ínfima participação na disseminação do vírus.
Mas no que acreditar diante de tanta informação? Tento respeitar as diversas opiniões para o convívio mais harmonioso possível diante de um tema em que estamos aprendendo juntos.
Crianças Abaladas
Um fato é que muitas crianças estão mentalmente abaladas! Distante do convívio com outras crianças, ficam muito mais próximas de telas de celulares, tablets e televisões.
Querem ficar reclusas em casa, com receio de tocar em qualquer coisa fora de casa. Zero julgamento aos pais e mães que tiveram que recorrer bem mais à tecnologia para entreter seus filhos dentro de casa enquanto trabalham com pouca ou nenhuma ajuda. Mas temos que confessar que os poucos minutos preconizados de tempo de tela por dia foram deixados de lado e viraram horas.
Retomada das atividades
Muitos já pensam parecido faz algum tempo e percebem os benefícios da retomada das atividades ao ar livre para suas crianças. A própria Sociedade Brasileira de Pediatria lançou documento favorável às atividades físicas com segurança para as crianças e adolescentes em junho de 2020.
Nesse momento em que muitos adultos e crianças estão mais sedentários, penso no princípio básico da atividade física como fonte de bem-estar e equilíbrio corpo e mente.
Nosso país é muito grande e a quarentena escancarou as diferenças sociais. Mas a preocupação é a mesma nas diversas realidades! A cabeça e o corpo das crianças estão mudando.
Não importa se vamos bater uma meta dos minutos de atividade vigorosa para uma criança ou adolescente. O que mais importa é voltar ao contato com a natureza, deixar as crianças serem crianças. Atividades ao ar livre são seguras sim pois facilmente permitem que se pratique as regras preconizadas de distanciamento social. Vamos colocar a criançada para se mexer!