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As estações do ano moldaram a humanidade desde seus primeiros dias. Nossos mais antigos ancestrais já tentavam prever o tempo para suas colheitas e aventuras. Registros do homem usando o sol para ler as estações datam do período Neolítico.
Até hoje, construções como Machu Pichu, Chichen Itza e Stonehenge estão de pé mostrando a devoção de civilizações passadas com o nosso astro rei.
Umas das explicações mais plausíveis de como tudo isso começou é baseada na própria sobrevivência da nossa espécie. Em períodos mais quentes, o ser humano conseguiu explorar locais nunca alcançados e aumentar sua produção usando os dias mais longos.
O período também gerava mais caça e as colheitas rendiam como nunca. A ansiedade para a chegada do verão também é uma marca em diferentes povos. Mas porque tanta apreensão se o verão chega todo ano?
Bem, nem sempre foi assim.
O fato ocorreu em 1816, o hemisfério norte do planeta, de forma inédita, não teve verão naquele fatídico ano. Nevascas e períodos intermináveis de chuva castigaram a Europa e os Estados Unidos durante os meses de junho, julho e agosto.
O Velho Continentes foi o mais atingido, e logo todos afirmaram que era castigo divino. Séculos depois, cientistas presumem que a mudança aconteceu devido a erupção devastadora do vulcão na Indonésia chamado Mount Tambora. Além de matar milhares de pessoas, a explosão também expeliu dióxido de enxofre na estratosfera. A nuvem de cinzas percorreu o globo nos meses que se seguiram, bloqueando o sol e criando um inverno vulcânico.
Não, não é isto que está pensando, Não amamos o verão pelo medo de um evento como o Mount Tambora acontecer novamente, mas sim por pequenos detalhes que geram memórias na estação mais divertida do ano.
Nenhuma outra estação tem a mesma reputação do verão. Enquanto muitas pessoas apreciam o otimismo da primavera e o romance do outono, a sociedade ocidental tem uma paixão particular por clima quente, dias longos, folgas do trabalho ou da escola e uma maneira de pensar que coloca o prazer antes da produção.
Depois da pandemia, e restrições em mais de dois verões em alguns lugares do mundo, esse sentimento de aproveitar cada segundo se intensificou.
Somos treinados para amar o verão?
Conceitos culturais são freqüentemente considerados constantes e imutáveis quanto a lei da gravidade. Mas, na verdade, algumas de nossas crenças mais fundamentais são aprendidas durante a vida.
Desde de cedo, as longas férias escolares essencialmente condicionaram os ocidentais a associar o verão com liberdade, alívio e uma pausa em suas responsabilidades. Mesmo que essa realidade mude no começo da vida adulta, as lembranças da folga mais esperada do ano ainda nos dizem como o verão deve ser. Livre, quente, aventureiro e muito lindo.
Até o final de semana que você acaba passando mais tempo em um carro do que na praia, acaba sendo tão prazeroso quanto o tempo que você tinha três meses de vadiagem pura. O homem é atraído pelo sol, pelo mar e pelo calor.
Qual outra estação tem sua própria trilha sonora? O verão tem sua música renovada todo ano, diversos filmes em Hollywood e livros que não caberiam nem na maior biblioteca da sua cidade.
A cultura molda e é moldada pelo homem. As plantas mostram sua grandeza na primavera, já a arte floresce no verão. Paixões sagazes, viagens inesquecíveis e loucuras temporárias sempre permearam a mente do poeta.
A expressão que usamos quando o calor tá de rachar, também explica nossa paixão pelo verão. Você pode não se identificar com absolutamente nenhum dos itens citados acima, mas mesmo assim, amar o verão mais que tudo. Seja pelas festas com seus amigos, pelo tempo que você visita as pessoas que ama, por aproveitar as temperaturas mais quentes do mar ou até pelo simples fato do sol bater de forma especial na janela da sua casa.
Agora fala pra a gente, por que você é apaixonado pelo verão?
fotos: Visit Britain, OSF Healthcare Blog, NY Times, Brazinco.
