Dia 1 de maio começou a temporada da pesca da tainha no estado de Santa Catarina. Durante este período, principalmente no sul do estado, o surf fica limitado na região. Algumas praias são totalmente vedadas ao esporte, outras ficam abertas na temporada inteira e ainda há aquelas que funcionam com sistemas de bandeira.
Essa proibição já gerou muita violência, discussões e polêmicas; mas hoje com acordos entre as associações de surfistas e os pescadores, os conflitos estão bem mais amenos e raros.
Os dias do bambu nas costas podem ter ficado no passado, mas o assunto ainda gera discussão, principalmente com o crescimento do surf, e o turismo no estado que é focado no esporte.
A Pesca da tainha
A pesca artesanal da tainha é uma atividade secular no Sul e no sudeste do país. Sempre feita no inverno, época em que os peixes migram da Argentina, Uruguai e Rio Grande do Sul, mais precisamente da Lagoa dos Patos, para o norte do país.
A pesca artesanal é uma alternativa à pesca industrial, que já foi feita em larga escala no passado causando diversos danos ao ecossistema.
Além de fonte de renda, a pesca da tainha também é uma tradição cultural esperada por diversas comunidades do litoral; que preparam e reformam seus ranchos já no começo do outono.
Surf e a Pesca
O período da pesca da tainha vai de maio até o final de julho, mas as regras e as datas exatas para a proibição do surf são estabelecidas municipalmente.
As regras valem para diversos picos clássicos do sul do país: Garopaba, Imbituba, Florianópolis, Farol de Santa Marta, Balneário Camboriú, Itajaí, Bombinhas, Itapema e Guarda do Embaú estão na lista com algumas restrições.
Regras Municipais
Em Florianópolis, na capital do estado, praias como Joaquina e Mole estão liberadas durante toda a temporada. O mesmo acontece com outro pico conhecido da região, a Praia da Rosa, o canto norte está liberado o inverno todo, já no canto Sul, o surf vai acontecer com o sistema de bandeiras.
Na Guarda do Embaú, um dos picos mais frequentados da região, o surf só estará liberado na Prainha. A boca do Rio da Madre agora só poderá ser surfada em julho.
A melhor forma de saber como está o surf na região que você mora ou pretende visitar é conversando com os pescadores locais ou com as associações de surf em cada praia.
O respeito mútuo pode fazer ambas as práticas perdurarem por muito tempo, fazendo a alegria dos surfistas e enchendo a mesa de comida da população local.
O que vocês acham dessa proibição? Não esqueçam de deixar sua opinião nos comentários.
Fotos: Waves, Garopaba Midia, Nd Mais, Marcio David, shotspot