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O curitibano criado em Floripa é o representante do #TimeBrazinco na elite da WSL. Yago Dora começou a surfar mais tarde que a maioria absoluta dos outros atletas do circuito, este é apenas mais um fato inusitado da sua história. Mas antes de começar sua jornada, é importante frisar suas origens.
Leadro Dora, pai de Yago, é uma figura gigante no surf e no undergound brasileiro. Nascido no interior do Paraná, Grilo também foi contra as estatísticas e chegou a virar surfista profissional mesmo morando em Curitiba.
Antes de ser técnico de grandes nomes da WSL, Dora pai já era conhecido por sua marca Cruel Maniac, mais que uma marca, Cruel Maniac foi um movimento cultural que fazia shows de bandas punks e campeonatos de surf e skate nos anos 90. Os eventos reuniam milhares de pessoas com uma estética alternativa e bem diferente do mains stream do surf no momento.
Com sua mudança para Floripa, o foco mudou. Dora começou a trabalhar a parte técnica de atletas. Seu trabalho culminou no título mundial de Adriano de Souza. Além de Mineiro e Yago, dezenas de atletas profissionais e amadores seguem os passos de Leandro. Hoje, a revelação australiana Jack Robinson também esta sob os cuidados do Grilo. Ricardinho dos Santos, assassinado em 2015, foi um dos primeiros atletas a seguirem o método de Leandro.
Apesar de sua herança, Yago Dora demorou para se fissurar no surf. Yago gostava mesmo de jogar bola, e nem todo o ambiente surfístico ao seu redor conseguia reverter isso.
Aos 11 anos, finalmente a história mudou. Seus amigos já estavam alguns anos à sua frente, mas o talento de Yago e seu DNA radical falaram mais alto, e logo o jovem estava dando manobras extremamente técnicas.
Leandro começou a compartilhar imagens do filho em viagens e deixou o mundo do surf em alerta.
Até 2015, seus esforços nas competições eram modestos, mas depois de ver Gabriel Medina e Adriano de Souza ganharem títulos mundiais consecutivos, um novo fogo foi aceso em Yago. Em 2016, seu primeiro ano completo na divisão de acesso, ele ficou em 43º lugar.
Mas logo em 2017, ele foi um dos surfistas mais brilhantes do ano, vencendo dois eventos QS significativos (em Newcastle, Austrália e nos Açores), ganhando uma vaga na elite de 2018 e participando do Oi Rio Pro como um Wild Card.
Dora, que estava competindo em seu primeiro evento de CT, derrotou Mick Fanning, John John Florence e Gabriel Medina no Rio de Janeiro. Tudo isso exibindo seus aéreos explosivos na frente de uma audiência local. Dora melhorou sua posição no CT ao subir das posições de corte em 2019, para terminar como o nº 9 do mundo em 2021.
Depois de uma lesão em 2022, Dora vem com tudo para o circuito de 2023 mostrando seu estilo polido, manobras técnicas e muita habilidade nos tubos.
Yago Dora é orgulho da Família Brazinco!
